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domingo, 3 de abril de 2011

Governo do Acre apresenta "Abril no Acre Indígena"

ABRIL NO ACRE INDÍGENA





Em abril, mês que o Brasil faz suas homenagens aos primeiros povos que habitam essas terras antes mesmo de se tornar Brasil, a Comissão Pró-Índio do Acre - CPI/AC, a Organização dos Professores Indígenas do Acre – OPIAC e a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre - AMAAIAC organizam algumas atividades demonstrativas, culturais e ambientais, que desenvolvem com seus parceiros indígenas há mais de trinta anos.

Serão atividades de visitação de estudantes ao Centro de Formação Povos da Floresta e aos projetos demonstrativos de Sistemas Agroflorestais implementados no Centro; Roda de Conversa sobre culturas e línguas indígenas, com representantes do Centro Cultural Yorenka Ãtame - Ashaninka, CPI/AC, OPIAC, AMAAIAC, Secretaria de Estado de Educação, Curso de Formação Docente para Indígenas da UFAC, Instituto Catitu, o videasta Nilson Tuwe Kaxinawá e o professor mestre Joaquim Maná Kaxinawá; visitação ao acervo e exposição de artesanato do Centro de Documentação e Pesquisa Indígena e apresentação da primeira parte do vídeo-documentário produzido pelo videasta indígena Nilson Tuwe Kaxinawá sobre os índios isolados.

Seguindo um cronograma que percorre todo o mês de abril, as três organizações querem mostrar um Acre Indígena diverso, atuante, dinâmico, democrático, participativo e, principalmente, orgulhoso de sua identidade multicultural. Em seus 164.221,36 Km², apenas 1,92% do território nacional, o Acre abriga nordestinos, paulistas, sulistas, portugueses, sírio-libâneses, árabes, japoneses, afrodescendentes, 14 povos indígenas contatados – Huni Kui/Kaxinawá, Arara Shawãdawa, Yawanawá, Katukina, Jaminawa, Madijá/Kulina, Ashaninka, Kuntanawa, Nukini, Puyanawa, Manchineri, Nawa, Shanenawa, Apolima Arara e 04 povos indígenas em situação de isolamento voluntário.

Os povos colonizadores do Acre, vindos ou trazidos, atraídos pela abundância de recursos naturais que as florestas acreanas ofereciam, não imaginaram que tão rica e diversa quanto a natureza, eram a sabedoria e as tradições dos povos indígenas que já habitavam estas matas, quem sabe desde as suas origens. A seringa e a castanha, dois grandes produtos extrativistas que trouxeram riqueza econômica para o Estado, marcaram época na história acreana. Muitos outros produtos, se explorados com sustentabilidade financeira e, principalmente, social, oferecem as mesmas condições de desenvolver o lugar com distribuição de riqueza justa, diminuindo desigualdades sociais e promovendo a soberania do Estado. Basta ouvir o que os povos da floresta têm a dizer a respeito da sua moradia e sobre as questões que circundam as propostas, os projetos e as intencionalidades que se tem sobre ela, a floresta. E, claro, respeitando as suas vidas.

Foi compreendendo que, tão importante quanto suas florestas, a maior riqueza do Acre é o profundo conhecimento sobre este ambiente e a relação intrínseca que os povos indígenas têm com a natureza, que a CPI/AC se estruturou e se colocou como missão apoiar estes povos em algumas de suas lutas pela conquista e o exercício de direitos coletivos – territoriais, linguísticos, sócio-culturais – por meio de ações que articulam a gestão territorial e ambiental das terras indígenas, a educação intercultural e bilíngüe e as políticas públicas para estes povos. Missão essa partilhada com OPIAC, AMAAIAC e ainda com um conjunto de treze associações indígenas.

Com seu Projeto de Autoria, onde os indígenas são os protagonistas de sua história e de suas lutas, a CPI/AC conta, hoje, com o Centro de Formação Povos da Floresta, o Centro de Documentação e Pesquisa Indígena e um pequeno sítio onde estão os Projetos Demonstrativos de Sistemas Agroflorestais, de criação de peixes e pequenos animais e de viveiros de mudas de árvores frutíferas e florestais. O objetivo destes projetos demonstrativos é o entrelaçamento dos conhecimentos técnicos com os saberes tradicionais dos parceiros indígenas na perspectiva de maior eficiência na produtividade, eficácia na segurança alimentar, manejo da biodiversidade e fortalecimento das culturas tradicionais do povos indígenas.

Começando o Abril no Acre Indígena, na primeira quinzena do mês, de 04 a 15 de abril, a CPI/AC, OPIAC e AMAAIAC estarão recebendo estudantes da Escola da Floresta e acadêmicos dos cursos da área ambiental da Universidade Federal do Acre para visitação e conhecimento do Centro de Formação Povos da Floresta e dos Projetos Demonstrativos.

No dia 18/04 será exibido o vídeo documentário do cineasta indígena Nilson Tuwa Kaxinawá – Notícias dos Brabos Parte I, sobre os índios isolados, seguido de debate com o sertanista José Carlos Meirelles e a cineasta Mari Corrêa, do Instituto Catitu, na Biblioteca da Floresta, às 19:00 horas.

Nos dias 18 a 20/04, durante o dia todo, as portas do Centro de Documentação e Pesquisa Indígena estarão abertas para os estudantes que queiram conhecer a realidade indígena através de livros e documentários.

Um parceiro especial que publicará reflexões sobre o Acre Indígena é o Jornal Página 20, que disponibilizará, semanalmente, a coluna Papo de Índio.


Comissão Pró-Índio do Acre

Estrada Transacreana, Km 07 – Rio Branco Acre

Assessoria de Comunicação: Lígia Kloster Apel

ligia@cpiacre.org.br / ligiakapel@gmail.com


Lígia Kloster Apel
Comunicação Comunitária e Educação Popular
(68) 8405-2350 / 3223-9297
Assessoria de Comunicação - Comissão Pró-Índio do Acre
(68) 3225-1952 / 9975-2325


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