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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Via: Movimento Indigena, de autoria de Urutau Guajajara (José Guajajara)

Fonte: internet



20 de outubro de 2006, 7 anos de resistência PLURIVERSIDADE INDÍGENA, Aldeia Maracaná.
Ha exatos 7 anos, com 50 indígenas representantes de 20 povos originários, de todo território nacional, organizamos o 1ª Seminário, movimento Tamoio dos Povos Originários no auditório do 9º andar da UERJ e dali ao final, saímos em caminhada para a Rua Machado nº 127, maracanã, sede do antigo museu do índio. A mãe natureza nos enviou uma chuva fina que ajudou a esvaziar as ruas do trajeto pensado, facilitando a nossa retomada, estremecida apenas pela surpresa dos vigias que, assustados apontaram suas armas para nós. Dialogamos e mostramos que éramos indígenas e estávamos apenas voltando para a casa de nossos ancestrais, numa ocupação pacífica. Ao batermos maracá, cantarmos e dançarmos, eles se acalmaram e nos alojamos naquele espaço sem luz, nem água, com entulhos espalhados por toda parte, com ratos, baratas e mosquitos. A alegria de retomarmos a aldeia de nossos ancestrais nos deixou felizes, apesar das condições precárias.
A cada dia, tínhamos uma batalha a vencer e durante todos esses 7 anos tentamos negociar o direito da posse territorial legítima do imóvel, que, segundo o 11º RGI, mede 14. 300 m2, hora abandonado pelo poder público. Outros desafios chegaram. Por ocasião da Copa, as ameaças constantes de desocupação para transformar aquele espaço em estacionamento, shopping, ou qualquer coisa, menos para destinação cultural indígena, nos consumiram na luta contra tal proposta absurda, prejudicando o projeto UNIVERSIDADE INDÍGENA, Aldeia Maracaná, de difusão preservação e perpetuação das nossas culturas e línguas.

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