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quarta-feira, 4 de junho de 2014

AINDA HÁ GUERREIROS NESTA TERRA.

Via O Chamado da Terra :



AINDA HÁ GUERREIROS NESTA TERRA.

Nos recebem moucos.
O que poderíamos dizer que lhes chamasse atenção? 
Concordar com suas leis? Que nenhum benefício nos trazem?
Ah não...assim não.
Então nos cumprimentam à bala...
Não merecemos sequer um bom dia?
Seguem a nos preferir tombados. Mas ainda que enverguemos, não haveremos de cair...
Nos querem moídos.
Extintos.
Varridos do mapa.
Porque essa nossa existência incomoda.
Mas são mais de quinhentos anos de resistência...
Já ficou bem clara a nossa capacidade de permanecer em pé.
Talvez seja por isso que não nos dão voz.
Porque caso nos ouçam...
Expostas serão as feridas que desejariam bem escondidas...
Não curadas.
Não cicatrizadas!
Apenas veladas.
Pra ninguém saber...
Gerações que crescem sem a verdade imaginar.
Pobres marionetes de um país inclemente...e
indecente.
Que muito se importa em se camuflar do sangue que salta às vistas.
Onde está nossa identidade?
Onde mora a nossa face?
Olha bem no espelho...
Taí, e te negas a ver.
Disseram que somos povo inferior.
Gente sem futuro, raça menor.
Houve quem duvidasse se tínhamos alma...
Gente que falava "em nome de Deus".
Mas resistimos!
Em pranto, perda e dor, mas resistimos!
E a vergonha que tens de nós...
Não respinga em nenhum aqui.
Somos honrados!
E honrados lutamos.
Assim é o filho da Mãe Terra.
Luta até o fim!
Fim do racismo, do preconceito fétido.
Será só isso que emana de ti?
Podridão?
Aprende com a Terra, a produzir o que presta!
Aprende a acolher com fartura.
Aprende a dar o melhor de ti.
Deixa de ter tanto medo...
Medo do que seríamos juntos.
Medo de se contaminar com essa minha realidade.
Da qual foges insanamente.
Não adianta, irmão opressor.
Resistimos de almas entrelaçadas com os irmãos mandados pelo Grande Espírito.
Chegam de todas as voltas do mundo.
Desabrocham feito flor...em mil cores.
Sábios, dispostos a ofertar o melhor de si.
À causa dos que sempre só viram escuridão.
E vem sem culpas...com os corações pingando amor.
Não estamos sós.
E mais hão de chegar.
Até tu que me viras as costas...crê!
Nada é impossível.
A Mão que une quem bem Lhe aprouver...
Pode acordar também a ti.
Não prantearemos eternamente.
Chegará um dia de paz.
E se eu descansar de meus ais...
Tu descansarás dos teus também.
Não te ofendas...mas cairás...
Do teu pedestal de arrogância.
Com vida e saúde tua e minha...
Hás de cair.
Para que um mundo melhor se levante.
Mundo pelo qual seremos gratos, tu e eu.
De mãos dadas.

Convocatória 1º COIREM

Via Urutau Guajajara:


Convocatória 1º COIREM

FEATURED


O Muitiró de Resistência dos Povos Indígenas e Tradicionais Maraká’nà convoca
A todas as comunidades de base, de resistência, teko haw, tekoa, aldeias, quilombos, territórios em situação de conflito;
Impactadxs\atingidxs por empreendimentos capitalistas;
Organizações e movimentos da luta indígena e popular, quilombola, caiçara, camponesa, de comunidades urbanas de resistência, favelas;
De defesa da natureza e dos direitos dos povos e grupos sociais históricamente minorizados;
Instituições e espaços de ensino e pesquisa reconhecidos na luta popular;
Organizações e Grupos de arte e cultura de resistência, de constestação; de Comunicação Independente e Coletiva;
De defesa da cosmologia, da espiritualidade, da ética e da cultura ancestral dos povos tradicionais;
De todo o Brasil, de Abya Ayla, África, da resistência internacional dos povos contra a dominação moderno-colonial;
Convidamos a todas a construir o 1º Congresso Intercultural de Resistência dos Povos Indígenas e Tradicionais do Maraká’nà!
Este encontro é um sonho coletivo que vem sendo acalentado na Tekoa (Teko Haw) Maraká’nà nos últimos três anos. Sua construção parte de uma inquietação: a constituição de um espaço de educação popular, de resistência intercultural, de bem público-comum, não poderia ser obra de um grupo, organização, partido ou governo em particular, mas deve ser incorporado e construído, como protagonistas, pela pluralidade dxs sujeitxs das lutas dos povos indígenas e tradicionais!
Nestes três anos de diálogos com diversos coletivos, comunidades, pesquisadores, pajés, mestres e doutores, lideranças e representações de resistências históricas de diversas partes do mundo, vimos construindo as seguintes bases de formação deste encontro – 1º. Coirem.
Como podemos ver nas diferentes seções deste sítio: ObjetivosProgramaçãoMuitiró de Organização e Inscrições.
Local de Realização: Região Metropolitana do Rio de Janeiro; espaço-sede e estadia na Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – Seropédica/RJ;
Período de Realização: 4 a 9 de junho;
Abrangência: De 300 a 600 participantes;
O Congresso é aberto a participação de todas as pessoas das comunidades relacionadas a sua temática e objetivos; São aceitas inscrições para participação e/ou apresentação de relatos orais e/ou escritos, sobre as situações de lutas, apresentações artísticas, de culto espiritual, de cura, entre outras propostas de atividades que os participantes possam sugerir e construirmos coletivamente.
Será priorizada a participação de pessoas e comunidades de resistência; Estes grupos terão acesso gratuito a transporte, estadia e alimentação; Para os demais, serão priorizados grupos, organizações e movimentos sociais que participam das lutas de povos tradicionais; Também serão aceitas inscrições individuais; Será solicitada a contribuição voluntária para o custeio do evento; As inscrições serão homologadas conforme os critérios de priorização da participação no COIREM.
Ayaya! Que venha o COIREM!
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