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sexta-feira, 10 de maio de 2013

YURA-NÁ

Via: Eliésio Marubo

 
Fonte: Internet






 YURA-NÁ

 Yura-ná na língua Marubo, usando uma tradução literal, significa algo pertencente aos povos indígenas. É nesse espírito de coletivo que surge uma terceira via na representação do interesse coletivo indígena. O estado do Amazonas possui a maior diversidade étnica do país, e também possui muitas organizações indígenas espalhadas nos seus 62 municípios. As organizações indígenas funcionam com a mesma lógica legislativa do modelo de parlamento do Brasil. Nas aldeias, em tempo determinado, se escolhem os representantes que ficarão durante um tempo representando os interesses das populações indígenas. Essa lógica tem funcionado desde a década de 60 quando as populações indígenas se lançaram na participação política, seja ajudando os poderes a pensar sua política pública, seja abrindo espaço político para atuação diretos dos povos. Durante algumas décadas as organizações indígenas fizeram muito bem seu papel finalístico garantindo a consolidação da participação nos planejamentos estatais e fortalecendo a luta coletiva no Brasil. No fim de 1999 e começo do ano 2000 as organizações indígenas passaram a desempenhar o papel de executoras das políticas públicas como incentivo oferecido pelo governo federal. Uma das grandes propostas governamental foi a autoexecução da política de saúde indígena pelas organizações que finalísticamente não previam esse tipo de atuação, ser linha de frente é de longe o papel da principal de uma Ong nessa área de atuação. Nesse cenário, estas deixaram de produzir a matéria prima de qualidade que serviu como força motriz e ponta de lança no movimento e na luta dos povos indígenas por décadas, controle social. Ainda nos dias de hoje, o controle social tem sido mal desempenhado pelas organizações indígenas no que concerne a atuação governamental igualitária, justa e legal. O caos se instala quando, junto disso, ainda há desgaste e falta de visão governamental na produção da política pública voltada para as populações indígenas. A política de saúde é um desses grandes gargalos que afetam de morte as populações indígenas. Regiões como a terra indígena Vale do Javari possuem grande índice de contaminação por doenças infecciosas, entre elas a Hepatite. A junção de inércia governamental, falta de controle social e o grande índice de contaminação pela Hepatite naquele lugar e em outras terras indígenas espalhadas pelo Amazonas empurraram minha equipe, meu povo e eu a propor a criação de uma nova frente de atuação popular, sem vinculação política que vislumbra unicamente o controle social das políticas públicas ofertada aos povos indígenas, dando ênfase à política de saúde indígena e ampliando a luta contra as Hepatites virais entre estas. Contagiado pelo dever objetivo de cuidado com meu povo, o povo Marubo, e as populações indígenas da terra indígena Vale do Javari, destaco o controle social como foco central dessa nova frente de atuação social entre as populações indígenas. Ao meu ver, essa terceira via se transforma em ação quando nesse momento estamos consolidando a criação da organização indígena que chamará YURA-NÁ traduzindo o espírito dessa proposta de participação coletiva indígena. Embora nesse primeiro momento priorizemos as questões indígenas, a YURA-NÁ, também amparará a sociedade nos temas sociais a que se propõe. Vale dizer que a sociedade civil, além de ter espaço nessa organização, também será contemplada pela defesa isonômica das políticas públicas de qualidade, justa e legal. A organização YURA-NÁ além de ter o foco na atenção às politicas de saúde ainda desempenhará papel fundamental na interface entre as populações indígenas, a sociedade civil e os governos, sempre tendo como bandeira central, o controle social, a transparência e participação popular. Para demarcar muito bem nossa linha de atuação, A YURA-NÁ, dia 06-05, segunda feira, às 19:00 horas, no hotel CAESAR BUSINESS MANAUS, na avenida Darcy Vargas 654, assinará um protocolo de intenção com duas das mais conceituadas organizações não governamentais de controle social e luta contra as Hepatites virais no Brasil, o Grupo Otimismo e a ONG C Tem que Saber, faz alusão à hepatite C. Além da assinatura do protocolo de intenções, as três organizações farão testagem gratuita em operários da Arena da Amazônia no próximo dia 07-05 pela manhã como primeira ação e compromisso com o social. Sendo esse um momento de regozijo com com interesse social e com a democracia que nos guia, convido a sociedade e povos indígenas residentes em Manaus para participarem da solenidade de criação dessa que pretende ser a tribuna popular da sociedade amazonense na cobrança do "dever ser" social.

 Eliésio Vargas Marubo presidente YURA-NÁ

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Em Pôrto Real do Colégio (Alagoas, Brazil) Rio São Francisco Agoniza ... Dzubucua Kariri Xocó quer salvar o Rio São Francisco

Nós do Blog Resistência Indígena Continental nos solidarizamos com o líder Yachycoran Kariri Xocó e com a Associação Indígena Dzubucua Kariri Xocó para a recuperação ambiental do Rio São Francisco na cidade de Porto Real do Colégio, Alagoas, Brasil. Nesta cidade ainda não existe Secretaria do Meio Ambiente. Perguntamos ao Ministério Público Federal em Alagoas se os Parentes Kariri Xócó podem receber apoio da Prefeitura, Governo Estadual ou Federal para remover o lixo das margens do Rio São Francisco em Porto Real do Colégio e fazer a recuperação ambiental do solo, bem como a recomposição da mata ciliar nativa, com direito a fazer agricultura orgânica de subsistênca (agricultura tradicional Kariri Xocó)com isto gerando emprego e renda para a Aldeia Kariri Xocó. Para convencimento da gravidade da situação o Povo Originário Kariri Xocó mostra estas fotos da margem do Rio São Francisco em Pôrto Real do Colégio, Alagoas: RESISTENCIA INDIGENA CONTINENTAL !!! ANO 520 !!!