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terça-feira, 19 de abril de 2011

ORAÇÃO PELA LIBERTAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS

Via Eliane Potiguara:


Dedicado a Marçal Tupã-y , cacique guarani nhandewa assassinado em 1983



Parem de podar as minhas folhas e tirar a minha enxada
Basta de afogar as minhas crenças e torar minha raiz
Cessem de arrancar os meus pulmões e sufocar minha razão
Chega de matar minha cantigas e calar a minha voz.
Não se seca a raiz de quem tem sementes
Espalhadas pela terra pra brotar.
Não se apaga dos avós _ rica memória
Veia ancestral: rituais pra se lembrar
Não se aparam largas asas
Que o céu é liberdade
E a fé é encontrá-la.
Rogai por nós, meu pai - Xamã
Pra que o espírito ruim da mata
Não provoque a fraqueza, a miséria e a morte.
Rogai por nós _ terra nossa mãe
Pra que essas roupas rotas
E esses homens maus
Se acabem ao toque dos maracás.
Afastai-nos das desgraças, da cachaça e da discórdia,
Ajudai a unidade entre as nações.
Alumiai homens, mulheres e crianças,
Apagai entre os fortes a inveja e a ingratidão.
Dai-nos a luz, fé a vida nas pajelanças,
Evitai, ó Tupã, a violência e a matança.
Num lugar sagrado junto ao igarapé
Nas noites de luas cheia , ó Marçal, chamai
Os espíritos das rochas pra dançarmos o Toré.
Trazei-nos nas festas da mandioca e pajés
Uma resistência de vida
Após bebermos nossa chicha com fé.
Rogai por nós, ave-dos céus
Pra que venham onças, caititus, siriemas e capivaras
Cingir rios Juruena, São Francisco e Paraná.
Cingir até os mares do Atlântico
Porque pacíficos somos , no entanto.
Mostrai nosso caminho feito boto
Alumiai pro futuro nossa estrela
Ajudai a tocar as flautas mágicas
Pra vos cantar uma cantiga de oferenda
Ou dançar num ritual Iamaká.
Rogai por nós, Ave-Xamã
No Nordeste, no ul toda a manhã
No Amazonas, agreste ou no coração da cunhã.
Rogai por nós, araras , pintados ou tatus
Vinde em nosso encontro
Meu Deus _ Nhendiru!
Fazei feliz nossa mintã
Que de barrigas índias vão renascer.
Dai-nos cada dia a esperança Porque só pedimos terra e paz
Pra nossas pobres- Essas ricas crianças.
Poesia de ELIANE POTIGUARA

http://elianepotiguara.blogspot.com/p/poesias.html

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Em Cotia/SP: Importância da lei 11.645/08 nas escolas brasileiras

Covidamos a todos(as) para Participar:



Palestra: Importância da lei 11.645/08 nas escolas brasileiras.

Abertura Com toque de instrumentos indígenas do Estado do Amazonas (Região do Alto Rio Negro)

Palestrante: Bu’ú Ye’pamahsã e Convidados (Indígena do Povo Tukano, Coordenador do Ponto de Cultura: Casa das Culturas Indígenas- Cotia - SP)



Dia 29/04/2011 sexta-feira das 19 h às 21:00 h

Local: Câmara Municipal de Cotia

R. Batista Capelos, 91-Centro-Cotia tel 011-4615-4799



Objetivo:

Promover a conscientização e a importância das culturas dos Povos Indígenas através da lei 11.645/08 que institui a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-brasileira e Indígena” nas escolas brasileiras. A palestra irá oferecer oportunidade aos participantes, professores, estudantes e público em geral a conhecer esta realidade do processo de implementação desta lei, bem como a importância da divulgação da Cultura dos Povos Indígenas nas redes de ensino.



Exposição de Arte Indígena dia 29/04/2009 das 09:00 h ás 21:00 h



Coordenação Geral:

Contatos e Informações:

Bu’ú : Coordenador do Projeto: Ponto de cultura “Casa das Culturas indígenas”

buudahse@gamil.com ou contatoaika@hotmail.com

tel 4243-2627 Casa das culturas indígenas 8286-1769

Rua Guido Fecchio, 704, sala 05, Centro - Cotia - SP CEP: 06700-020 - Tel 011- 4243 2627



Realização:

Ponto de Cultura: Casa das Culturas Indígenas


AIKA

Apoio: Câmara Municipal de Cotia

Tupinambá: CARTA DE REPÚDIO

Via IBERÊ-UANÁ SASSÁ TUPINAMBÁ:

Olivença, 07 de abril de 2011


Carta de repúdio à violência que sofreram os índios Tupinambá de Olivença em 05 de abril de 2011

No dia 05 de abril de 2011, por volta das 11:00 h da manhã, o território Tupinambá de Olivença, na Aldeia Guarani Taba Atã foi invadido por dez homens, onde cinco se diziam ser policiais. Estes cinco invasores eram “policiais” (que segundo a comunidade eram policiais civis sem autorização judicial e sem nenhum tipo de identificação) disfarçados que buscavam filmar supostas irregularidades cometidas pelos Tupinambá, na cobrança de pedágio, no Areal, que se localiza vizinho à aldeia Guarani Taba Atã. Cabe justificar que o Areal possui sua estrada de entrada na via Olivença-Sapucaeira, onde foi feito um acordo entre lideranças indígenas e a proprietária do Areal à liberação da passagem pela aldeia (pela BA 001); nisto, ficou acertado entre lideranças Tupinambá e a proprietária, que a mesma se responsabilizaria pagar a dois funcionários índios para tomar conta da porteira, já que a porteira não poderia ficar aberta (um ficaria pela manhã e outro pela tarde). Com o não pagamento, por parte da proprietária, a esses funcionários, os mesmos são levados a interromperem a passagem. Diante do fechamento da passagem, a proprietária simula o pagamento aos dois funcionários numa tentativa em apresentar provas forjadas de extorção (por meio de filmagem feita por um policial às escondidas); desconfiados de tal prática (da forma de pagamento), os dois índios se recusaram a receber o tal pagamento. Diante da recusa, os cinco homens fortemente armados partiram para a agressão. Reagindo aos invasores e agressores, um dos índios foi baleado na perna; outros dois foram rendidos com atos de violência. Diante dessa situação outros índios fugiram para a mata, sendo perseguidos pelos supostos policiais. Casas foram invadidas, com suas portas arrombadas, na presença de mulheres, adolescentes grávidas e crianças; num ato extremamente arbitrário, um dos supostos policiais pediu para que um deficiente físico (paraplégico) ficasse de pé, com o seguinte interrogatório: “cadê as armas, cadê a maconha”?
Com a chegada da Polícia Federal, dois índios que tinham sofrido agressão dos invasores, foram injustamente presos, juntamente com ferramentas de trabalho típicas dos Tupinambá. Todavia, nada aconteceu aos cinco invasores e agressores que provocaram toda essa situação.
Esclarecemos tais acontecimentos porque parte da mídia apresentou somente uma versão do que ocorreu, versão essa que criminaliza os Tupinambá de Olivença e esconde a violenta e ilegal ação de invasão e agressão cometida pelos cinco homens disfarçados de policiais. Ademais, a mídia tem divulgado fatos irreais como, por exemplo, de mortes ocorridas, ou a não recusa do cacique da aldeia em dar entrevistas, sendo que o mesmo nem sequer se encontrava na aldeia no ocorrido dos fatos.
Por tudo isso, repudiamos as ações cometidas pelos invasores e agressores e a forma como tais acontecimentos são apresentados por parte da mídia. Nesse sentido, exigimos:
A imediata liberdade dos índios presos, bem como o fim das acusações sobre os mesmos.
Punição devida aos invasores e agressores, fazendo valer a Justiça e a Lei.
Retratação, por parte da mídia, no sentido de divulgar todas as versões da história até que os fatos sejam devidamente esclarecidos.
O fim do processo de criminalização que sofrem os Índios Tupinambá de Olivença.
Fechamento do areal, tendo em vista que a exploração do mesmo tem causado graves problemas ao meio ambiente, a axemplo dos impactos à nascente dos rios que deságuam no rio Sirihiba.
Que o IBAMA e órgãos competentes tomem as providências cabíveis em conformidade com a Lei.
Um basta às ilegais agressões cometidas por invasores e policiais as nossas terras.
A imediata demarcação das terras tradicionais Tupinambá, assinaladas pelo Relatório da FUNAI, apresentado em 2009.
O fim do preconceito, racismo e da forma discriminatória como são tratados os Tupinambá de Olivença, por parte da mídia, da sociedade, dos políticos e de algumas ações policiais e jurídicas.


Cordialmente,


Lideranças Tupinambá



--
israel raimundo IBERÊ-UANÁ SASSÁ TUPINAMBÁ



Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus www.tribunalpopular.org


twitter: http://twitter.com/israelsassa


Facebook: http://facebook.com/sassa.tupinamba


skype: israelsassa


Caixa Postal: 52552 CEP 08010-971 Sao Paulo - SP


assista aqui http://vimeo.com/17060958

TEKOA: CONHECENDO UMA ALDEIA INDIGENA

Via Olivio Jekupé:

POIS É MEUS AMIGOS E AMIGAS, MAIS UMA OBRA PRIMA EU CONSEGUI
PUBLICAR, E FOI ESCRITO COM MUITO CARINHO PARA QUE OS LEITORES
INDIGENAS E NÃO INDIGENAS PUDESSEM GOSTAR E QUE FOSSE DE
GRANDE UTILIDADE.
SEI QUE NO BRASIL A MAIORAI DAS PESSOAS NUNCA FORAM OU
ENTRARAM NUMA ALDEIA OU PUDERAM CONHECER UMA COMUNIDADE
INDIGENA, POR ISSO, ATRAVÉS DO MEU LIVRO, AQUELES QUE NUNCA
FORAM, TERÃO A OPORTUNIDADE DE CONHECER UM POUCO, DE COMO É
UMA COMUNIDADE.
ALIÁS, HOJE COM A NOVA LEI DE QUE OS PROFESSORES TERÃO QUE
FALAR SOBRE OS POVOS INDIGENAS, ENTÃO MEU NOVO LIVRO, PODERÁ
TRAZER ALGUNS CONHECIMENTOS AOS PROFESSORES PRINCIPALMENTE
PARA PODER FALAR COM SEUS ALUNOS.
É UMA HISTÓRIA QUE MOSTRA A VINDA DE UM GAROTO DA CIDADE
PARA CONHECER UMA ALDEIA, E LÁ ELE FICARÁ POR TRINTA DIAS, Será
UMA GRANDE EXPERIENCIA E QUE AO VOLTAR PARA A CIDADE GRANDE,
PODERÁ MOSTRAR AOS OUTROS AMIGOS O QUE APRENDEU.
POR ISSO, AGRADEÇO, A TODOS OS QUE JÁ CONHECEM MEUS
TRABALHOS, TERÁ AGORA A CHANCE DE CONHECER ESSE NOVO LIVRO.
TAMBÉM AGRADEÇO, AO COMENTÁRIO QUE FOI ESCRITO POR AILTON
KRENAK, UM DOS MEUS LEITORES QUE MAIS ADIMIRO, ISSO PORQUE
SEMPRE FUI SEU FÃO PELAS LUTAS INDIGENAS, E ME ALEGRA POR
SABER QUE ELE É UM GRANDE LEITOR DOS MEUS LIVROS. E A TODOS OS
AMIGOS LEITORES, TAMBÉM AGRADEÇO.

OLIVIO JEKUPE- PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO GUARANI NHE´E PORÃ-
ALDEIA KRUKUTU- ESCRITOR E POETA.
www.oliviojekupe.blogspot.com
oliviojekupe@yahoo.com.br
www.globaleditora.com.br

Confira matéria publicada sobre o Livro "Tekoa: Conhecendo uma Aldeia Indigena" em http://colecaomuiraquitas.blogspot.com/

domingo, 17 de abril de 2011

Advogado Arão da Providência Guajajara descreve políticas indígenistas e seus danos

Via Arão da Providência Guajajara*:

A patética resposta da FUNAI sobre a determinação da egrégia Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) para a imediata suspensão das obras para construção da Hidrelétrica do Belo Monte comprova que os gestores que dirigem; administram; articulam ou coordenam as políticas públicas indígenas tem que passar por um curso civilizatório. Esses seres humanos não servem para nada. São despreparados, deselegantes, desumanos e covardes pois utilizam a estrutura do Estado Brasileiro para garantir as atrocidades contra esse vulnerável segmento social e seu patrimônio.


Dirige-se à egrégia Comissão da OEA de forma desrespeitosa quando deveria admitir que violam sim aos princípios e preceitos dos direitos desse segmento social. A prova desta violação encontra-se em diversos processos. Só o AIR movimentou diversos junto a e. 6ª Câmara do MPF e através das duas audiências públicas onde foram colhidos materiais que demonstram que a própria e denominada reestruturação da FUNAI não foi precedida de nenhuma consulta; que as entidades sindicais não participaram desta reestruturação; que os indígenas tiveram decréscimo em seu patrimônio e na assistência com o fechamento de cerca de 300 Postos e Administrações Regionais; que cerca de 1500 servidores indígenas não foram consultados e nem tiveram a oportunidade de opção; que os servidores que se colocaram contrário ao referido Decret o experimentaram assédio moral, perseguição e processos administrativos disciplinares; que o dano nos territórios indígenas foi inestimável; que os indígenas que manifestaram seus descontentamentos através do AIR (Acampamento Indígena Revolucionário) na Esplanada dos Ministérios experimentaram diversos tipos de violências e que tiveram seus pertences apreendidos violentamente sem a devida restituição e sem registro através de auto de apreensão; que o concurso público da FUNAI objeto do Edital de n 01/2010 não respeitou aos princípios da diferenciação cultural, bilingüismo e nem aos saberes e conhecimentos regionais e locais dos indígenas. Além disso, ficou comprovado que o referido decreto tem o objetivo de burlar a legislação (nacional e internacional) que proíbe a mineração em terras indígenas, sendo, sabido que essa prática existe dentro da própria FUNAI com a participação direta e indireta de alguns dos seus principais gestores. < /p>



A democracia direta, um dos principais elementos do rol dos direitos humanos, estampada no parágrafo único do Art. 1º da nossa Constituição, onde nos impõe que: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” (a democracia direta é feita através das audiências públicas, consultas públicas, assembléias, conselhos, etc...) ; A justiça e a solidariedade humana expostas no inciso I do Art. 3º e a prevalência dos direitos humanos de que trata o inciso II do Art. 4º deveriam ser promovidas, incentivadas, praticadas e defendidas por todos os órgãos públicos, em especial e principalmente aquele responsável pelo patrimônio nacional antropológico, no caso a FUNAI. No entanto, como já exaustivamente comprovado, estamos diante de uma inversão da or dem jurídica constitucional, ou seja, o próprio estado se coloca na condição de principal violador e mais, utiliza-se da sua estrutura para impor essa violação. A execução plena desses princípios do ordenamento jurídico pátrio e internacional somente pode ser exercida por nós indígenas.

Saudações étnicas,

Arão da providencia

Fonte: * valedojavari-am@googlegroups.com

CARTA ABERTA DO VALE DO JAVARI

Nós populações indígenas e não indígenas do Município de Atalaia do Norte – AM, de acordo com o IBGE, somos uma população de 15.149 habitantes, sendo 4.797 indígenas das etnias: Mayuruna, Kurúbo, Matís, Kulína, Marúbo e Kanamary, 2.514 ribeirinhos da zona rural e 7.838 na zona urbana. No setor educacional temos 1.867 alunos indígenas municipais, 659 alunos não indígenas, 790 alunos na zona urbana, na área estadual 1994 alunos, perfazendo um total de 5.310 alunos. Estamos preocupados com o desenvolvimento da Educação Escolar Indígena e não Indígena da nossa região.


Os povos indígenas já ao longo dos 60 anos vêm lutando pela melhoria da qualidade de ensino da educação escolar indígena, desde a chegada da missão religiosa, nos anos 50, o exército nos anos 60 e a FUNAI nos anos 70, os quais se comprometiam com a educação junto as comunidades e que não tiveram êxito. O governo brasileiro diante da situação criou a Secretaria de Educação e Apoio a Diversidade - SECAD, no Ministério da Educação – MEC, quando o Estado do Amazonas , criou a Gerência de Educação Escolar Indígena – GEEI, mesmo assim continuamos com lento desenvolvimento na qualidade da educação. Nossas escolas na zona rural e área indígena não possuem uma estrutura física adequada e equipada para nossos alunos. Temos problemas sérios de transporte escolar fluvial e terrestre, tanto na zona rural como urbana principalmente no que tange no deslocamento dos gêneros alimentícios, material didático pedagógico e no translado dos alunos universitários para os municípios vizinhos, uma vez em nosso município ainda não possui pólo universitário.


Falta construção de 20 escolas, 07 Pólos de Educação Escolar. Não foram concluídos os cursos de formação de professores indígenas iniciado desde 2000, falta de material didático nas comunidades e apoio para a elaboração de material didático específico por parte dos professores e o Estado sempre vem jogando responsabilidade para a prefeitura municipal de Atalaia do Norte, onde a mesma tem feito a cobertura mínima para funcionamento das Escolas Municipais.


Por falta de estrutura dos Pólos de Educação, que funcione de 6º ao 9º ano, os jovens estão saindo para cidades vizinhas, abandonando suas comunidades, criando problemas sociais nas cidades vizinhas a terra indígena, se envolvendo em bebidas alcoólicas, drogas e prostituição, casos difícil de frear, sendo mais uma porta de entrada de doenças para as comunidades.


A evasão das famílias está aumentando a cada ano na sede do município, em busca de estudo para seus filhos, esses permanecem definitivamente na sede do município. Mas, nem todos os indígenas conseguem estudar nas escolas, por falta de domínio da língua portuguesa, por timidez, abandonam seus estudos. Assim, dos 600 indígenas 40% estão nas salas de aulas e 60% estão sem condições financeiras para se manterem e se aventuram em busca dessas possibilidades. Tais influências do contato com a sociedade não indígena, os jovens estão deixando de falar a sua língua materna, desvalorizando a sua cultura. A preocupação é a falta de uma casa de apoio para amparar estes estudantes na cidade.


Diante disso, acreditando na nova política de educação, neste novo governo brasileiro, nós povos indígenas e não indígenas do Município de Atalaia do Norte no Estado do Amazonas, visando o avanço e a melhoria da qualidade de ensino da educação na nossa região, vimos por meio desta Carta Aberta do Vale do Javari, pedir ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, as seguintes considerações:


Queremos que Ministro da Educação invista recursos para o nosso município na aquisição de transporte escolar terrestre (04 ônibus) para atender alunos na área urbana e estudantes nas universidades de Benjamim Constant e Tabatinga;


Transportes fluviais, (barco de centro, deslizadores e motor de pequenos portes/ 04 barco escolar) para atendimento as escolas no interior da terra indígena e ribeirinhos no transporte dos materiais didáticos e merenda escolar, a fim de facilitar o funcionamento das escolas;


Construção das 20 escolas indígenas e 14 escolas ribeirinhas, e a reforma de escolas municipais já existentes nas comunidades indígenas e ribeirinhas da zona rural, bem como a construção de mais uma escolas na área urbana para educação infantil e reforma e ampliação das duas escolas já existentes na zona urbana.


Construção dos Pólos de educação Escolar indígena nas sete sub-regiões do Vale do Javari, para funcionamento do 6º a 9º ano e evitar o êxodo de jovens para cidades vizinhas.


Por final nós abaixo assinamos:

Fonte: valedojavari-am@googlegroups.com

"História e Cultura Indígena: Passado e Presente pra Valer"

Via Ademario Ribeiro:

Fronteira da Educação
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III - ENCERRAMENTO

REALIZAR este Projeto de Intervenção "História e Cultura Indígena: Passado e Presente pra Valer", é contribuir com os Povos Indígenas no Brasil e oferecer à Educação essa proposição a fim de a Lei 11.645/08 não fique apenas no papel. Por isso, o propomos à coordenação pedagógica do CESA, para que, numa abordagem transversal, fosse desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano, no transcurso de 2010, articulando temas/conteúdos de História, Ciências/Meio Ambiente, Língua Tupi, Música, Arte, Literatura e Teatro.

Dos conteúdos em sala de aula foram tomando corpo numa dimensão e abordagem transdiciplinar, diversas oficinas: tupi – português para o ensino-aprendizagem para a dramatização e elaboração do glossário, peteca, teatro, cerâmica, preparação de instrumentos musicais, figurinos e pinturas corporais indígenas a partir da cultura do povo Ikpeng, etc.

Gostaríamos de melhor sistematizar fotos (muito a agradecer à Profª Ezi), temas e textos aqui socializados nos nosso Projeto de Intervenção, apresentado à disciplina Estágio Supervisionado III, como exigência parcial para conclusão desta etapa do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação Aberta e a Distância, que, após a primeira etapa que constou de coleta de dados, depois, na segunda etapa a partir do dia 22 de março de 2010, entre as turmas do 1ª A e B, quando observei e participei do fenômeno em sala de aula, e, em terceiro momento, na 3ª série (4º ano), ora a realização do Projeto de Intervenção.

Fiquem à vontade para comentar! Será um prazer manter intercâmbio. Ensinar será circunstancial, mas, aprender sempre!

AGRADECIMENTOS
Alberto Severiano Ribeiro, In memoriam, meu pai.
Amélia Souza Ribeiro, minha mãe.
Aos meus Ancestrais Indígenas e atuais parentes.
Profª Drª Sandra Augusta de Melo – UFOP, professora da Disciplina de Estágio;
Profª Drª Graça Graúna - UPE, tessituras ameríndias;
Profª Natalina Bomfim Ribeiro – UFOP, tutora e companheira de todas as horas;
Prof. Julival Ferreira - UFOP, tutor e amigo notável;

À Equipe pedagógica do CESA, minha paixão sociopedagógica:
Profª Solange de Couto Santana, educadora atenta e parceira;
Profª Ana Boaventura, muito me estimulou com a sua turma;
Profª Carol, com sua turma, acolheu-me com sensibilidade;
Prof. Didi Dias, trouxe seu gesto musical;
Prof. Luis Amado, nos fez rememorar o valor da argila;
Profª Márcia Barros e Pedro Augusto Mascarenhas, pelos registros audiovisuais.

Ao meu filho Yã Bomfim Ribeiro, por nossos intensos bate-papos sobre Desafios a vencer, Educação, Povos Indígenas, Cultura, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Responsabilidade social...

Menção Especial à Profª Ezi Costa e aos seus (meus!) alunos do 4º ano, com os quais compartilhei momentos de ensinar-aprender-aprender-ensinar, de desafios e alegrias constantes, no período de 16 de agosto à 19 de novembro de 2010, quando do encerramento deste Projeto de Intervenção.

À tod@s, minha Gratidão!

AR


CONTEÚDOS
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Formação do povo brasileiro;
3. Hipóteses da chegada dos indígenas à América;
4. Povos indígenas – quem são e sua diversidade;
5. Os tempos das histórias/divisão do tempo;
6. 19 de abril, Dia do Índio e 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
7. A história que é feita de mitos (Guaraná, mandioca, origem de cada povo, etc.);
8. A história que é feita de acontecimento de cada nação;
9. A Geografia e as práticas com a terra: localização dos povos, os lugares da aldeia, a oca, a ocara, as roças, as matas, os rios;
10. As tribos indígenas na Bahia – passado e presente;
11. As leis: Constituição, o Estatuto do Índio, a Lei 11.645/08.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Línguas indígenas – diversidade;
3. Língua Tupi – aquela a ser estudada;
4. Toponímia;
5. Construção de glossário ilustrado;
6. Um canto na língua Tupi – um dos componentes como resultado prático do Projeto.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. A ludicidade, jogos e brinquedos dos povos indígenas;
3. A música indígena dos povos indígena;
4. As danças indígenas dos povos;
5. As plumárias dos vários povos indígenas;
6. Artesanato e pinturas: cerâmica, cestaria, arcos, flechas, braceletes, sítios de representação rupestre, etc.


PROGRAMAÇÃO (Encerramento do Projeto de Intervenção)Dia 19/11 – Das 14 Às 16 horas

Local: Acordatório - Espaço das Oficinas Lúdicas - CESA;
1. – Abertura com musica indígena de vários povos;
2. – Exposição da Arte Cerâmica feita pelos alunos do 3ª B, da Profª Ezi Costa;
3. – Celebração – Sinergia das 1ª A e B e 3ª B;
4. – Dramatização e Canto bilingue Tupi - Português;
5. – Avaliação com todos os presentes;
6. – Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).

AS FOTOS ABAIXO SÃO DA TERCEIRA E SEGUNDA ETAPAS*. PARA SE ENTENDER: A PRIMEIRA ETAPA CONSISTIU NA COLETA DE DADOS DA INSTITUIÇÃO EDUCAIONAL. A SEGUNDA CONSISTIU EM MINHA OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO FENÔMENO EDUCATIVO EM SALA DE AULA QIANDO CONTRIBUI PELA DEFLAGRAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS COM A POESIA "CELEBRAÇÃO" QUE TORNOU-SE EMBLEMÁTICA PARA OS ALUNOS DAS 1ª SÉRIE A E B. ENFIM, A TERCEIRA ETAPA COM O PROJETO DE INTRERVENÇÃO COM O ENFOUQE DA LEI 11.645/08 NO QUE DIZ RESPEITO À "HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS".
INTERAÇÃO DOS GRUPOS: 1ª A E B E 3ª B, SEUS PROFESSORES E DEMAIS ENVOLVIDOS DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO, TAIS COMO, O MÚSICO EDILTON (DIDI) DIAS, LUIS AMADO -, SOB A MINHA COORDENAÇÃO. TODAS AS PEÇAS E AS ASPECTOS SÃO COMPONENETS DESTE PROJETO.

Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.

Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.

O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.

Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.

Enfim, a programação e a seqüência didática.

ABRIL INDÍGENA NO CESA

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER

Período: 19 a 23/04/10

Tema: Povos Indígenas, passado e presente


Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares - a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.

Sobretudo, no Dia do Índio, havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.

Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro

Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica

Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate

Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).



Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I

Seqüência Didática


Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.

Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.

Competências e habilidades

- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.

2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).

3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.

4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.

5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.

6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.

Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.

8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.

9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.

Ao que nos remeter/se inspirar

Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);

Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);

Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;

Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.

Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.

Observações finais;

Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.

Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!

Ademario Ribeiro


ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".


As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:

 Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;

 Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;

 Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;

 Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;

 Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;

 Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.

Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange de Couto Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim e Julival Ferreira (Tutoria Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.

Agora é com você. Comente. Indique.

Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.

* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.

Em tempo: gente, é com este construto que vou elaborar meu Trabalho de Conclusão de Curso - TCC! Estou muito feliz por essa conquista. Com tantos caminhei. Com tantos cruzei caminhos. Com quantas encruzilhadas fiquei estatelado em busca de ser um ser cada vez melhor. E guardo de memória e com coração sempre na goela que vocês muito me ensinaram e me estimularam. Vocês estão na minha prática, na minha utopia.

Até já!!!


Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.

Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.

O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.

Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.

Enfim, a programação e a seqüência didática.

ABRIL INDÍGENA NO CESA

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER

Período: 19 a 23/04/10

Tema: Povos Indígenas, passado e presente


Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à tona à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.

Sobretudo, no Dia do Índio havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.

Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro

Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica

Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate

Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).



Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I

Seqüência Didática


Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.

Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.

Competências e habilidades

- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.

2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).

3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.

4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.

5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.

6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.

Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.

8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.

9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.

Ao que nos remeter/se inspirar

Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);

Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);

Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;

Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.

Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.

Observações finais;

Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.

Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!

Ademario Ribeiro


ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".


As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:

 Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;

 Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;

 Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;

 Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;

 Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;

 Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.

Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange Couto de Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim (Tutora Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.

Agora é com você. Comente. Indique.

Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.

* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III - ENCERRAMENTO

REALIZAR este Projeto de Intervenção "História e Cultura Indígena: Passado e Presente pra Valer", é contribuir com os Povos Indígenas no Brasil e oferecer à Educação essa proposição a fim de a Lei 11.645/08 não fique apenas no papel. Por isso, o propomos à coordenação pedagógica do CESA, para que, numa abordagem transversal, fosse desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano, no transcurso de 2010, articulando temas/conteúdos de História, Ciências/Meio Ambiente, Língua Tupi, Música, Arte, Literatura e Teatro.

Dos conteúdos em sala de aula foram tomando corpo numa dimensão e abordagem transdiciplinar, diversas oficinas: tupi – português para o ensino-aprendizagem para a dramatização e elaboração do glossário, peteca, teatro, cerâmica, preparação de instrumentos musicais, figurinos e pinturas corporais indígenas a partir da cultura do povo Ikpeng, etc.

Gostaríamos de melhor sistematizar fotos (muito a agradecer à Profª Ezi), temas e textos aqui socializados nos nosso Projeto de Intervenção, apresentado à disciplina Estágio Supervisionado III, como exigência parcial para conclusão desta etapa do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação Aberta e a Distância, que, após a primeira etapa que constou de coleta de dados, depois, na segunda etapa a partir do dia 22 de março de 2010, entre as turmas do 1ª A e B, quando observei e participei do fenômeno em sala de aula, e, em terceiro momento, na 3ª série (4º ano), ora a realização do Projeto de Intervenção.

Fiquem à vontade para comentar! Será um prazer manter intercâmbio. Ensinar será circunstancial, mas, aprender sempre!

AGRADECIMENTOS
Alberto Severiano Ribeiro, In memoriam, meu pai.
Amélia Souza Ribeiro, minha mãe.
Aos meus Ancestrais Indígenas e atuais parentes.
Profª Drª Sandra Augusta de Melo – UFOP, professora da Disciplina de Estágio;
Profª Drª Graça Graúna - UPE, tessituras ameríndias;
Profª Natalina Bomfim Ribeiro – UFOP, tutora e companheira de todas as horas;
Prof. Julival Ferreira - UFOP, tutor e amigo notável;

À Equipe pedagógica do CESA, minha paixão sociopedagógica:
Profª Solange de Couto Santana, educadora atenta e parceira;
Profª Ana Boaventura, muito me estimulou com a sua turma;
Profª Carol, com sua turma, acolheu-me com sensibilidade;
Prof. Didi Dias, trouxe seu gesto musical;
Prof. Luis Amado, nos fez rememorar o valor da argila;
Profª Márcia Barros e Pedro Augusto Mascarenhas, pelos registros audiovisuais.

Ao meu filho Yã Bomfim Ribeiro, por nossos intensos bate-papos sobre Desafios a vencer, Educação, Povos Indígenas, Cultura, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Responsabilidade social...

Menção Especial à Profª Ezi Costa e aos seus (meus!) alunos do 4º ano, com os quais compartilhei momentos de ensinar-aprender-aprender-ensinar, de desafios e alegrias constantes, no período de 16 de agosto à 19 de novembro de 2010, quando do encerramento deste Projeto de Intervenção.

À tod@s, minha Gratidão!

AR


CONTEÚDOS
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Formação do povo brasileiro;
3. Hipóteses da chegada dos indígenas à América;
4. Povos indígenas – quem são e sua diversidade;
5. Os tempos das histórias/divisão do tempo;
6. 19 de abril, Dia do Índio e 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
7. A história que é feita de mitos (Guaraná, mandioca, origem de cada povo, etc.);
8. A história que é feita de acontecimento de cada nação;
9. A Geografia e as práticas com a terra: localização dos povos, os lugares da aldeia, a oca, a ocara, as roças, as matas, os rios;
10. As tribos indígenas na Bahia – passado e presente;
11. As leis: Constituição, o Estatuto do Índio, a Lei 11.645/08.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Línguas indígenas – diversidade;
3. Língua Tupi – aquela a ser estudada;
4. Toponímia;
5. Construção de glossário ilustrado;
6. Um canto na língua Tupi – um dos componentes como resultado prático do Projeto.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. A ludicidade, jogos e brinquedos dos povos indígenas;
3. A música indígena dos povos indígena;
4. As danças indígenas dos povos;
5. As plumárias dos vários povos indígenas;
6. Artesanato e pinturas: cerâmica, cestaria, arcos, flechas, braceletes, sítios de representação rupestre, etc.


PROGRAMAÇÃO (Encerramento do Projeto de Intervenção)Dia 19/11 – Das 14 Às 16 horas

Local: Acordatório - Espaço das Oficinas Lúdicas - CESA;
1. – Abertura com musica indígena de vários povos;
2. – Exposição da Arte Cerâmica feita pelos alunos do 3ª B, da Profª Ezi Costa;
3. – Celebração – Sinergia das 1ª A e B e 3ª B;
4. – Dramatização e Canto bilingue Tupi - Português;
5. – Avaliação com todos os presentes;
6. – Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).

AS FOTOS ABAIXO SÃO DA TERCEIRA E SEGUNDA ETAPAS. PARA SE ENTENDER: A PRIMEIRA ETAPA CONSISTIU NA COLETA DE DADOS DA INSTITUIÇÃO EDUCAIONAL. A SEGUNDA CONSISTIU EM MINHA OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO FENÔMENO EDUCATIVO EM SALA DE AULA QIANDO CONTRIBUI PELA DEFLAGRAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS COM A POESIA "CELEBRAÇÃO" QUE TORNOU-SE EMBLEMÁTICA PARA OS ALUNOS DAS 1ª SÉRIE A E B. ENFIM, A TERCEIRA ETAPA COM O PROJETO DE INTRERVENÇÃO COM O ENFOUQE DA LEI 11.645/08 NO QUE DIZ RESPEITO À "HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS".
INTERAÇÃO DOS GRUPOS: 1ª A E B E 3ª B, SEUS PROFESSORES E DEMAIS ENVOLVIDOS DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO, TAIS COMO, O MÚSICO EDILTON (DIDI) DIAS, LUIS AMADO -, SOB A MINHA COORDENAÇÃO. TODAS AS PEÇAS E AS ASPECTOS SÃO COMPONENETS DESTE PROJETO.


Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.

Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.

O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.

Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.

Enfim, a programação e a seqüência didática.

ABRIL INDÍGENA NO CESA

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER

Período: 19 a 23/04/10

Tema: Povos Indígenas, passado e presente


Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à tona à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.

Sobretudo, no Dia do Índio havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.

Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro

Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica

Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate

Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).



Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I

Seqüência Didática


Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.

Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.

Competências e habilidades

- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.

2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).

3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.

4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.

5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.

6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.

Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.

8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.

9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.

Ao que nos remeter/se inspirar

Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);

Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);

Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;

Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.

Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.

Observações finais;

Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.

Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!

Ademario Ribeiro


ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".


As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:

 Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;

 Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;

 Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;

 Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;

 Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;

 Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.

Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange de Couto Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim e Julival Ferreira (Tutoria Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.

Agora é com você. Comente. Indique.

Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.

* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.

Em tempo: gente, é com este construto que vou elaborar meu Trabalho de Conclusão de Curso - TCC! Estou muito feliz por essa conquista. Com tantos caminhei. Com tantos cruzei caminhos. Com quantas encruzilhadas fiquei estatelado em busca de ser um ser cada vez melhor. E guardo de memória e com coração sempre na goela que vocês muito me ensinaram e me estimularam. Vocês estão na minha prática, na minha utopia.

Até já!!

* Fotos e postagem original cf. em http://ademarioar.blogspot.com/p/fronteira-da-educacao.html